Muito se fala nas redes sociais sobre as entradas solares! O momento em que nosso astro rei toca um novo signo é sempre aquele acompanhado de uma deliciosa onda de memes, precisamente tudo o que culpar na temporada a fim de evitar as próprias responsabilidades perante a vida. Juro que penso comigo na grande ironia que é o símbolo solar usado para esse fim, quando ele é justamente quem fala sobre buscar em nosso coração a coragem para agir em direção à nossa verdadeira essência de luz, e para isso, obviamente, se faz necessário se responsabilizar pelos nossos BOs.
O sol é tão presente que, geralmente, os não familiarizados com astrologia costumam se referir a este como “o seu signo”. E não me levem a mal, tem nada de errado em só saber seu signo solar, mas o sol no nosso mapa não considera a bagagem de talentos e os desafios do trajeto que nos guia nesse aprendizado, nem a amplitude de características únicas que formam quem somos. E daí dizer “não combino com meu signo” infelizmente é um pulinho.
O que não é tão amplamente mencionado nas páginas de comédia, é que a lua também tem seu ciclo dentro de cada temporada, que passa por todo o zodíaco andando dois dias e meio em cada signo. Escrevo hoje, dia 11 de outubro de 2022, com a lua em touro, que pertence à lunação libriana, período que vai da fase nova até a minguante. No mês seguinte, teremos o zodíaco caminhando todinho dentro da lunação de escorpião, cada um trazendo toda nuance de ensinamentos que combina com o tom da temporada.
Ao contrário do solzinho, que coloca um holofote nos assuntos, e que por muitas vezes pode até ser claro demais para nossos olhos, a dona lua é a dama das grandes lições noturnas que moram no nosso coração. Ela rege o simbolismo das nossas memórias, fala de pertinho com o emocional e movimenta as águas que nutrem nossa alma, representando, assim, nossas marés de humor, com todas as dores, sutilezas e doçuras.
A simbologia de libra fala da amabilidade, justiça, arte, da beleza ética e sobre nossa relação com a gente e com os outros. É um signo de ar, regido pelo planeta vênus, e responde pelos nossos dons e talentos. Enquanto seu parceiro oposto é o fogo dos inícios, regido por marte, é a força do eu, do corpo físico, das nossas lutas e dos limites saudáveis que devemos dar.
Difícil não pensar nas nossas eleições, que ocorrem nessa temporada, pois esse tema ganha a lenha do fogo de marte na fogueira da justiça e ética libriana. Então, nos tornamos mais apaixonados pelas causas pelas quais lutamos, um pouco mais reativos, e por muitas vezes até violentos. Esquecemos que não precisamos agradar o tempo todo, mas que podemos resolver melhor os impasses com diálogo e simpatia. Passamos o mês em um vai e volta emocional, em dados momentos tentando usar da diplomacia, em outros da mais pura agressividade.
Se eu fosse escrever esse texto na perspectiva solar, falaria certamente do quanto podemos nos sentir inseguras com nosso corpo e aparência durante esse mês. Que podemos questionar nossos talentos, exagerar nas comprinhas por vaidade, ter mais problemas de dermatite, quem sabe um novo crush (ou algum antigo dando as caras durante o Mercúrio Retrógrado). E claro que essas temáticas estavam, sim, todas em alta, mas a lua pega nos assuntos que tocam o coração, e em tudo que faz ele bater mais forte. No caso de libra, isso se reflete no esforço para que a beleza da justiça se faça presente para todas as pessoas através do respeito mútuo.
Ainda teremos uma lua minguante pela frente, para assimilarmos as lições librianas com sabedoria, uma lunação para refletirmos com bastante clareza sobre a luta por uma causa justa, e que convenhamos, não tem sido um aprendizado fácil.
Nos vemos na próxima lua cheia!
Adik
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