Sempre que chegamos na segunda metade do ano fico com a impressão que o tempo começa a andar mais rápido, e com esse imaginário aumento da velocidade, me vejo correndo para acompanhar o calendário. Parece que ontem mesmo estava falando sobre o reinado leonino, mas já nos despedimos de agosto, a primavera já mostra suas cores e o final do ano está quase dando as caras.
Esses últimos meses refletindo e escrevendo sobre astrologia me fizeram pensar muito sobre como experiencio cada etapa, a ponto de sentir que preciso fazer alguns ajustes por aqui. E por isso presumo, antes mesmo de começar, que o texto será levemente diferente dos anteriores. Te convido a me acompanhar nesses devaneios, porque tudo sempre serve de gancho para falar de astrologia, e prometo de dedinho minguinho que essas ruminações têm tudo a ver com a nova temporada também.
Venho escrevendo sobre o trânsito solar pelos últimos seis meses e acho até engraçado, porém, com nenhuma surpresa, perceber que escrevi exatamente em sintonia com cada signo. Chutando o primeiro passo em áries, sem nem pensar muito quando recebi o convite lá em março, me mantendo firme no sol em touro mesmo sendo mordida pelo bichinho da procrastinação, e com o primeiro texto oficial sobre a chegada do sol em gêmeos publicado no lançamento do site, pegando o carro-chefe da comunicação. Na sequência tivemos o início das temporadas de câncer e leão, falando do nosso campo emocional e nossos valores de coração, chegando no ciclo virginiano ajustando as rotinas.
Ao fazer o mapa da entrada do sol em virgem, algumas lições bateram do lado de cá do jeitinho que esse signo gosta: na organização prévia, dando um passo de cada vez, fazendo uma pausa para realinhar o que precisa, e se necessário ajustando um pouquinho da rota para seguir em frente! E foi precisamente pensando sobre essa busca de uma rotina benéfica, que compreendi que estava em descompasso nos meus processos de vivenciar e escrever sobre essas entradas aqui para vocês.
Estar em equilíbrio com nosso sol interno é uma tarefa ainda mais desafiadora em tempos de tanto ruído exterior, e ouvir o que o nosso coração deseja, buscando na nossa essência o combustível para brilhar abundante e calorosamente, é um exercício para muitas temporadas leoninas da vida
É que virgem vem nos falar justamente de ritmo. A regularidade da vida, alimentação, do cotidiano, trabalho, e exercícios. Simboliza o cuidado com a saúde e com o bem-estar, usando nossa mente racional e detalhista para nos conectar com nosso corpo, endireitando nossos passos. Esse signo de terra mutável regido por mercúrio, sabe se adaptar mais facilmente que seus companheiros de elemento, tendo o talento de enxergar o que está errado a quilômetros de distância, e usar sua capacidade intelectual ímpar para chegar em uma solução adequada ao problema, mesmo que isso gere mil caraminholas na cabeça ou um burnout.
Por esse motivo, as pessoas com muita concentração deste signo no mapa natal podem encontrar dificuldade em segurar as críticas construtivas, mesmo quando não solicitadas. Para o virginiano, tentar resolver os perrengues daqueles que têm afeição, é praticamente uma linguagem de amor, e por vezes lhe falta tato para perceber quando as pessoas querem somente desabafar um pouquinho, e não ter sua vida consertada. Nesse ritmo, o virginiano que é um realizador nato, pode acabar sobrecarregado de afazeres pelos outros e, no anseio de ajudar, muitas vezes pode até acabar ferindo quem ama, ao apontar de forma direta os erros que percebe tão claramente precisar de reparos.
Estamos no início de uma ótima época para nos questionarmos como estão nossas rotinas, se estamos com as vitaminas em dia, check up feito, como tem andado nossa alimentação e pensar em soluções práticas que nos deixem um passo mais próximo da realização dos nossos sonhos.
A temporada de leão terminou com um grande questionamento interno, onde perguntei para meu coração como e onde ele se sente bem, e aberta para ouvir, fui encontrar a resposta fazendo o mapa das entradas solar e lunar para esse texto. Quando o sol entra em um signo, significa que estamos com o dedinho do pé testando as águas simbólicas daquele período, e no momento que a lua entra na sua fase nova, damos os primeiros passos dentro da água. No entanto, é na lua cheia que temos um ápice da clareza de aprendizados daquele ciclo, e percebi que escrevo melhor quando estou prestes a mergulhar nas lições que cada período vem ensinar.
Depois dessa reflexão, entendi que essa será a última coluna com o foco na entrada solar, e nos próximos encontros, os temas serão as lunações de cada temporada, e todos os tapas na cara lindamente sincronizados que costumo levar com elas.
Nos vemos novamente na próxima temporada, quando a lua estiver quase cheia, esplendorosa no céu.
Adi K.
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