Todo meu amor por Elvis, o Rei / Por Renata Vieira Martins

Todo meu amor por Elvis, o Rei / Por Renata Vieira Martins

Conheci Elvis Presley na infância, através dos filmes de Sessão da Tarde. Depois, me apaixonei ainda mais quando assisti a Elvis e Eu, filme que passava pelo menos umas três vezes ao ano no SBT. Assim, desse jeito meio torto, uma criança dos anos 1980, que mal sabia quem era e o que representava aquele artista para a música, virou uma fã para todo o sempre do Rei do Rock.

Ao longo dos anos pude reviver essa paixão com alguns movimentos de resgate da sua memória. Músicas regravadas, novos CDs lançados e, em 2013, a Elvis Experience (exposição com objetos pessoais do Rei), sem falar do show da banda original do Elvis com ele cantando no telão. Pude assistir em São Paulo e Porto Alegre, momentos memoráveis para nós fãs.

Pois a convite do Iguatemi Porto Alegre, esta semana tive mais um momento desses de puro deleite e amor, ao assistir à pré-estreia de Elvis, do diretor Baz Luhrmann, conhecido por produções como Moulin Rouge (2001) e O Grande Gatsby (2013). O lançamento oficial é nesta quarta, 13/7, no Dia do Rock. Uma ótima maneira de celebrar a data “ao lado” de um dos precursores do gênero.

Eu estava totalmente cética sobre a escolha do ator, mas Austin Butler entregou demais! Trejeitos, intensidade, expressões faciais impressionantes, sotaque e tom de voz. Em alguns momentos, chega a ser assustadora a semelhança.  Para um ator jovem como ele, dar vida às diferentes fases de Elvis, inclusive mostrando suas mudanças corporais, foi um desafio que certamente irá impressionar os fãs mais exigentes (como eu, aliás, hehhe).

A história é contada sob a narrativa do vilão: Coronel Tom Parker, empresário e também algoz de Elvis. Isso não chega a ser um spoiler, mas certamente irá surpreender quem ainda não conhece a fundo o que este homem fez na vida do Rei. Como fã, me incomodei um pouco em ver a vida dele retratada sob este ponto de vista tão doloroso. Eu queria magia, requebrado, amor, música. Todo fã de Elvis tem ódio do coronel e o filme nos desperta esse sentimento.

Um ponto muito especial do filme é mostrar a influência da música negra norte-americana na vida de Elvis, sua admiração e respeito aos grandes nomes que representavam o estilo. Muitos dizem que ele se apropriou do R&B, do Soul e do Gospel. A meu ver, e posso estar errada sobre isso, ele vivenciou isso de perto, em sua infância e juventude passadas em um bairro da comunidade negra, o que torna natural a influência. O filme mostra sua relação com BB King inclusive, com outros artistas e com a cultura negra em geral. Tudo isso contextualizado com o momento político e social dos EUA.

O resumo de tudo é: fãs, assistam e se emocionem muito! Curiosos, assistam, pois é uma cinebiografia incrível. Tanto é que foi aplaudida por 12 minutos no Festival de Cannes. Estou na expectativa pelos prêmios. Ah, e como não poderia deixar de ser: ELVIS NÃO MORREU!

Filme é dirigido por Baz Luhrmann, conhecido por seu capricho com figurino e apreço pelas produções musicais

Renata Vieira Martins é mãe da Bruna, jornalista, apaixonada por filmes e séries

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